Praia dos Moinhos é a melhor de São Miguel, goste-se ou não!
Este verão a praia dos moinhos tem batido recordes de
afluência. A qualidade da praia e o seu magnífico enquadramento, como que abençoada
pela mãe Natureza, a isso ajuda. Mas este ano há mais factores a ajudar, como
sejam, o tempo estar quase sempre encoberto na costa sul da ilha, enquanto no
norte está sol e o fato de estarem a aparecer frequentemente águas-vivas nas
praias mais movimentadas do sul, enquanto ainda não se viu uma água-viva na
praia dos moinhos.
Com as novas tecnologias, as pessoas, desejosas de apanhar
sol, vão à internet ver onde está sol e onde há águas-vivas e então decidem
para onde vão. Ao depararem-se com a realidade, decidem vir para os lados do norte da ilha.
A Natureza tudo deu à praia dos moinhos – considerada por
uma maioria a melhor praia da ilha!
Felizmente que assim é, porque se a evolução/preservação da
praia dos moinhos fosse depender das entidades públicas, veríamos a praia
transformada numa piscina de quintal.
Há uns anos atrás, antes da construção dos balneários novos,
havia alturas em que a Câmara Municipal nem se dignava a colocar caixotes de
lixo na praia e quando o fazia, a sua recolha e limpeza era deficitária. Os
balneários eram miseráveis e ficavam partidos sem reparação quando o mar ou
alguém os destruíam. Os nadadores salvadores da praia ficavam com os “restos”
de material que sobrava depois do bom e do melhor ser entregue no areal de
Santa Bárbara e nas piscinas municipais. Isto, já numa altura em que a praia
era das mais frequentadas da ilha.
Outro exemplo de incompetência foi a promessa, realizada pelo anterior executivo camarário, da construção
de um parque de campismo. Num primeiro mandato nada se fez em relação a isso.
Não contente com a falta à promessa, esse político volta a prometer o mesmo
para um segundo mandato. Resultado: nada fez… novamente. Até hoje
nada se fez quanto a isso. Aliás, fez-se qualquer coisa: umas retretes (desculpem,
mas não podem ter outro nome) e uns chuveiros mal-amanhados no meio do pasto
que serve de parque de campismo.
Contudo, havia um trunfo na manga: construir uns novos balneários.
Inaugurados com pompa, circunstância e protesto, foram um regalo para os olhos
dos amantes da arquitectura “bunker” alemã, mas uma desilusão para os
utilizadores. Hoje em dia é possível verificar que os banhistas já nem recorrem
ao duche, porque sabem que só existe um e teriam de esperar na fila durante
longos minutos à espera de vez. Ainda há muitas pessoas que resistem, em pé, à
espera da vez. O outro dia, uma família com o pai, mãe e dois filhos,
colocaram-se dentro do chuveiro para tomar banho e trocar de roupa ficando
cerca de 45 minutos a ocupar o espaço. Imaginem a fila que ficou à porta, sem
contar com as desistências. Com esta obra a custar 500 mil euros, ficamos com
um chuveiro para homens e outro para mulheres. Sim, porque os dois do exterior
não permitem a utilização de champô.
Outra demonstração da incompetência dos órgãos públicos em
potencializar a praia dos moinhos fica demonstrada com o fato de, passados
todos estes anos, não conseguirem resolver a não atribuição da bandeira azul. Essa
incompetência é agravada pelo fato alegarem que a razão se prendia com a
qualidade da água, quando – consigo prova-lo – essa não é a verdadeira razão
para tal.
As entidades públicas competentes também em nada ajudaram a
praia em alguns casos de obras particulares ilegais, às quais fecharam os
olhos, não agindo de acordo com a lei.
O desleixo é tanto que os lavadouros públicos, na descida
para a praia, estavam com falta de telhas durante anos a fio sem que a câmara ou
junta se dignassem a mandar colocar quatro ou cinco telhas, protegendo o forro
do apodrecimento.
Disseram-me uma vez que havia um desprezo invejoso por
aquela praia ficar no Porto Formoso e não na Ribeira Grande, fazendo-se de tudo
para promover o areal de Santa Bárbara e as piscinas municipais em detrimento
de investir para os lados do norte. Veja-se o investimento realizado na remodelação
total das piscinas municipais, construção de bar/restaurante e inúmeros eventos
na perigosa praia de Santa Bárbara, tudo financiado com dinheiros públicos. Será que é mesmo assim?
Pois este ano as coisas parecem continuar iguais. Sem bandeira azul, sem parque de campismo, sem interesse, diria. Ainda no passado fim-de-semana, foi ver os balneários da praia de Santa Barbara e das piscinas municipais, limpos, como um brinco, e os da praia dos moinhos a cheirar mal e todos sujos a meio da tarde e cuidado: aquilo fecha mesmo às 19h em ponto, nem mais um segundo, não vá alguém ficar fechado lá dentro.
Pode-se dizer, sem errar muito, que a única coisa importante
ali realizada pelas entidades públicas em todos estes anos foi o parque de estacionamento.
Mesmo votada ao abandono e ao desleixo, a praia resiste e
conquista cada vez mais frequentadores. Mesmo que as entidades públicas nada
façam, esta praia continuará a ser sempre muito frequentada porque é uma bênção
da Natureza e porque esta é a melhor praia da ilha de São Miguel!
Comentários
> CÃO VELHO
> Uma velha senhora foi para um safari em África e levou o seu velho
> rafeiro com ela.
>
> Um dia, caçando borboletas, o velho cão, de repente, deu-se conta que
> estava perdido.
>
> Vagueando a esmo, procurando o caminho de volta, o velho cão percebeu
> que um jovem leopardo o vira e caminhava em sua direcção, com a firme
> intenção de conseguir um bom e farto almoço.
>
> O velho cão pensou depressa (pois os velhos pensam depressa):
>
> - Oh, oh! Estou mesmo enrascado!
>
> Olhou à volta e viu ossos espalhados no chão muito próximo de si. Em
> vez de se apavorar mais ainda, o velho cão, ajeitou-se junto do osso
> mais próximo e começou a roê-lo, virando as costas ao predador,
> fingindo que não o tinha visto...
>
> Quando o leopardo estava a ponto de dar o salto a fim de o abocanhar, o
> velho cão exclamou bem alto:
>
> - Este leopardo estava delicioso! Será que há outros por aí?
>
> Ouvindo isso, o jovem leopardo, com um terrível arrepio na espinha,
> suspendeu o seu ataque já quase começado, esgueirou-se na direcção das
> árvores e pensou:
>
> - Caramba! Essa foi por pouco! O velho rafeiro quase me apanhava!...
>
> Um macaco, numa árvore ali perto, viu a cena toda e logo imaginou como
> fazer bom uso do que vira. Em troca de protecção para si, informaria o
> predador que o cão não havia comido leopardo algum...
>
> E assim foi, rápido, em direcção ao leopardo. Mas o velho cão viu-o a
> correr na direcção do predador em grande velocidade e pensou:
>
> - Aí há marosca...
>
> O macaco logo alcançou o felino, cochichou-lhe o acontecido e fez um
> acordo com o leopardo.
>
> O jovem leopardo ficou furioso por ter sido enganado e disse:
> - Ó macaco, sobe para as minhas costas para veres o que vai acontecer
> àquele cão abusador...
>
> Agora, o velho cão via um leopardo furioso, vindo em sua direcção, com
> um macaco nas costas e pensou rápido novamente:
>
> - E agora, o que é que eu faço?
>
> Mas em vez de correr (pois sabia que as suas pernas cansadas não o
> levariam longe...) sentou-se, mais uma vez de costas para os
> agressores, fazendo de conta que não os via... Quando estavam
> suficientemente perto para ouvi-lo, o velho cão disse:
>
> - Mas onde é que anda o sacana daquele macaco? Estou a morrer de
> fome!... Disse que me traria outro leopardo e até agora nada!...
>
> Moral da história:
> Não te metas com Cão Velho... Idade e habilidade sobrepõem-se à
> juventude e à intriga. A sabedoria só vem com a idade e a experiência.
Quanto ao movimento que se verifica na zona da praia é de louvar, para todos. Criam- se mais empregos, gera- se mais receita para o comércio local o que é sempre bom. E quanto ao estacionamento, é o que se tem, e pelas oito da noite já não há lá ninguém. Triste é ver as multas aplicadas arbitrariamente, sobretudo quando já não há lugar para estacionar no parque. Quem vem à praia não pode por o carro à cabeça, e acções dessas ficam muito mal no cartão de visita.
A bandeira azul é por culpa de uma pessoa que fez obras particulares ilegais vai daí ninguém consegue resolver o problema?
O parque de campismo não é construído porque há um parecer qualquer de uma entidade que não autoriza, não se resolve?
Estamos em Portugal, qualquer destes problemas, se as entidades tivessem vontade de o resolver já o tinham resolvido à muito tempo! Quando foi para construir os balneários da praia a câmara avançou com as obras, mesmo sem ter a licença de mexer com o domínio público, que só veio um mês depois das obras começarem. "Eles" quando querem podem tudo, quando não querem não podem nada.
Sobre as lojas/lavadouros
Sobre isso apenas posso dizer que fui 3 vezes à praia e 3 vezes estava fechada. Espero que quando acabe o verão os lavadouros voltam a ser lavadouros. O Porto Formoso tem pouco património edificado de valor e o pouco que tem está a ser todo destruído. Resistem a igreja e a casa do povo. O Castelo, a casa da eira, alguns lavadouros, um moinho na ribeira seca...já foram destruídos ou estão lentamente a caminhar para a destruição. Um povo que não dá valor ao que é seu é muito triste.
O festival de folclore já adquiriu uma dimensão tão grande que não é um blog de freguesia que o pode ajudar. Aquilo agora só de rádios e televisões para cima.
Realmente co-existir as festas da freguesia juntamente com o festival de folclore, isso sim, é uma verdadeira novidade e até interessante analisar esta aliança, mas estive a pesquisar na página da junta e do folclore e não vejo nada sobre o assunto. Assim, como não sei de nada, nada posso escrever.
Cumprimentos
Por falar em eventos, posso adiantar que tenho informações bastante credíveis, que vai haver dois eventos novos na freguesia em setembro e não são organizados por ninguém do Porto Formoso. Pelo menos um deles será uma coisa em grande.
Mais informações em breve.
Acho boa ideia distribuir o programa porta a porta, mas também seria boa ideia publica-lo no facebook da junta de Freguesia e do Folclore...
Também de parabéns está a Junta de Freguesia pela celebração do aniversário da freguesia. É bom festejar e a ideia de realizar no fim de semana do folclore penso que só veio a ser um fim de semana mais rico. No domingo adorei as sopas, provei um pouco de cada e estavam mesmo muito boas. Evento que deveria repetir-se.
Desta vez o Porto Formoso não ficou esquecido. Parabéns pela iniciativa!
as dimensões das coisas têm, muitas vezes, um carater pessoal. Se calhar para uma pessoa 20 livros é uma grande biblioteca, mas para outra é pequena. Eu acho 300 livros uma pequena biblioteca e é assim que tem que ser, pois não faz sentido instalar uma grande biblioteca numa praia.
ps. espero que os balneários sejam "devolvidos" no final da época balnear.
Cumprimentos,
Qual o problema de não concordar com isto?