Fim da crise sísmica?


A actividade sísmica na ilha de S.Miguel mantém-se acima dos níveis normais.
Admite-se a possibilidade de continuarem a ser registados sismos sentidos. M
ais informações em: www.cv.uac.pt

Comentários

Cavalete disse…
Setembro 21, 12h12

Sismo sentido às 12h12 com intensidade máxima de VI (EMM) nas freguesias da parte central da ilha de S. Miguel. Algumas habitações mais antigas sofreram danos ligeiros como queda de empenas e fendas. Verificou-se também a ocorrência de pequenos escorregamentos de terras.

Informacao do SIVISA www.cv.uac.pt
Cavalete disse…
Escala de Mercalli Modificada
Informacao do SIVISA


I. Imperceptível. Não sentido. Efeitos marginais e de longo período no caso de grandes sismos.

II. Muito fraco. Sentido pelas pessoas em repouso nos andares elevados de edifícios ou favoravelmente colocadas.

III. Fraco. Sentido dentro de casa. Os objectos pendentes baloiçam. A vibração é semelhante à provocada pela passagem de veículos ligeiros. É possível estimar a duração mas pode não ser reconhecido como um sismo.

IV. Moderado. Os objectos suspensos baloiçam. A vibração é semelhante à provocada pela passagem de veículos pesados ou à sensação de pancada de uma bola pesada nas paredes. Carros estacionados balançam. Janelas, portas e loiças tremem. Os vidros e as loiças chocam e tilintam. Na parte superior deste grau as paredes e as estruturas de madeira rangem.

V. Forte. Sentido fora de casa; pode ser avaliada a direcção do movimento; as pessoas são acordadas; os líquidos oscilam e alguns extravasam; pequenos objectos em equilíbrio instável deslocam-se ou são derrubados. As portas oscilam, fecham-se ou abrem-se. Os estores e os quadros movem-se. Os pêndulos de relógio param ou iniciam ou alteram o seu estado de oscilação.

VI. Bastante forte. Sentido por todos. Muitos assustam-se e correm para a rua. As pessoas sentem falta de segurança. Os pratos, as louças, os vidros das janelas, os copos partem-se. Objectos ornamentais, livros, etc., caem das prateleiras. Os quadros caem das paredes. As mobílias movem-se ou tombam. Os estuques fracos e alvenarias do tipo D fendem. Pequenos sinos tocam (igrejas e escolas). As árvores e arbustos são visivelmente agitadas e ouve-se o respectivo ruído.

VII. Muito forte. É difícil permanecer em pé. É notado pelos condutores de automóveis. Objectos pendurados tremem. As mobílias partem. Verificam-se danos nas alvenarias de tipo D, incluindo fracturas. As chaminés fracas partem ao nível das coberturas. Queda de reboco, tijolos soltos, pedras, telhas, cornijas, parapeitos soltos e ornamentos arquitectónicos. Algumas fracturas nas alvenarias C. Ondas nos tanques. Água turva com lodo. Pequenos desmoronamentos e abatimentos ao longo das margem de areia e de cascalho. Os grandes sinos tocam. Os diques de betão armado para irrigação são danificados.

VIII. Ruinoso. Afecta a condução dos automóveis. Danos nas alvenarias C com colapso parcial. Alguns danos na alvenaria B e nenhuns na A. Quedas de estuque e de algumas paredes de alvenaria. Torção e queda de chaminés, monumentos, torres e reservatórios elevados. As estruturas movem-se sobre as fundações, se não estão ligadas inferiormente. Os painéis soltos no enchimentos de paredes são projectados. As estacarias enfraquecidas partem. Mudanças nos fluxos ou nas temperaturas das fontes e dos poços. Fracturas no chão húmido e nas vertentes escarpadas.

IX. Desastroso. Pânico geral. Alvenaria do tipo D destruída; alvenaria C grandemente danificada, às vezes com completo colapso; as alvenarias B seriamente danificadas. Danos gerais nas fundações. As estruturas, quando não ligadas, deslocam-se das fundações. As estruturas são fortemente abanadas. Fracturas importantes no solo. Nos terrenos de aluvião dão-se ejecções de areia e lama; formam-se nascentes e crateras arenosas.

X. Destruidor. A maioria das alvenarias e das estruturas são destruídas com as suas fundações. Algumas estruturas de madeira bem construídas e pontes são destruídas. Danos sérios em barragens, diques e aterros. Grandes desmoronamentos de terrenos. As águas são arremessadas contra as muralhas que marginam os canais, rios, lagos, etc.; lodos são dispostos horizontalmente ao longo de praias e margens pouco inclinadas. Vias férreas levemente deformadas.

XI. Catastrófico. Vias férreas grandemente deformadas. Canalizações subterrâneas completamente avariadas.

XII. Danos quase totais. Grandes massas rochosas deslocadas. Conformação topográfica distorcida. Objectos atirados ao ar.
JASRAPOSO disse…
Todos sabemos que o Homem é o animal capaz de criar factos que o fazem sofrer, porque é o único a ter vontade de se tornar naquilo que não é.

A capacidade de suportar as considerações de algumas pessoas que participam neste blog é um poder singular em forma de contra-poder, particularmente eficaz nos tempos conturbados que atravessamos.

Os verdadeiros amigos do Porto Formoso devem ter a capacidade de permanecerem serenos, manténdo-se alheios àqueles que querem mandar em tudo e em todos.

Vale mais ter a uma acção tranquila, ajundando as habitantes do Porto Formoso nesta hora difícil.

Estão de parabéns todos os que estão a participar neste último forum.

PS - Que tal se a Junta de Freguesia afixasse em determinados locais o texto produzido sobre a descrição da intensidade dos sismos?
JASRAPOSO disse…
Parabéns a quem, além de uma visão economicista do negócio, também gere com princípios de ordem social.
Cavalete disse…
Penso que face ao aumento da actividade sismica no Porto Formoso os seus moradores deveriam estar preocupados em fazer um seguro multi-riscos das suas habitacoes.

Este so abrange moradias relativamente novas mas mesmo assim mais vale prevenir do que remediar. Nos sabemos que existem imensos casais cuja maior riqueja material que possuem e a sua casa.

Claro que os menos avessos ao risco poderao dizer que "... ate que a minha casa caia tudo o resto vai cair". Pode ate ser verdade mas nao estamos livres de um terramoto ou mesmo de uma erupcao vulcanica.

Nao quero criar alarmismos. E afinal, um premio de seguro de uma moradia avaliada em 50.000 euros nao devera ultrapassar os 120 euros anuais.
Cavalete disse…
Concordo com o nightmare00! A despenalizacao do aborto e um assunto que merece ser discutido nas proximas semanas, principalemnte se houver um referendo ainda este ano.

Afinal, a populacao do porto formoso tambem tera que se pronunciar sobre o assunto.
deus2 disse…
é verdade que o presidente carlos césar esteve no porto formoso às 5 da manhã, num dos dias de maior sismicidade, a falar com a população?

a ser verdade é um grande exemplo mesmos que nao sejamos do PS!
Cavalete disse…
Não só esteve o Carlos César como esteve o ministro António Costa. Estiveram na Canada das Gentes, na antiga garagem do Carlos Teixeira, a mostrar os seus apoios à população.
JASRAPOSO disse…
Se os "Senhores do Governo" estiveram a vistoriar a torre da igreja do POrto Formoso no passado dia 24, nada mais normal que as pessoas sejam informadas do que se passa.
Essa informação tem de ser prestada à população pela Comissão Fabriqueira, nomeadamente pelo seu Presidente.
deus2 disse…
Parabéns ao presidente da junta pelo seu empenho durante a crise sísmica. Era vê-lo na rua ás horas que houvesse mais sismos a verificar se existiam estragos e como estava a população. Parabéns também ao café mestre joão por ter colocado a escala de mercali à disposição da população.

É com atitudes destas que vamos lá. Podem gostar ou não do presidente nem do café referidos mas foi isto que aconteceu!
O Regedor disse…
Caro ismael e caro águia,

ora aí está uma excelente ideia. Todos sabemos que a crise embora esteja mais calma ainda não passou. Além disso, penso que a população iria aderir porque se trata da segurança de cada um.
De facto, se fosse ao Porto Formoso o Comandante dos Bombeiros da R.Grande ou mesmo o Comandante da protecção civil era muito importante. Sabe-se que o Porto Formoso é uma das zonas com mais sismicidade e com um relevo muito perigoso.

Abraço
Cavalete disse…
Sem querer ser alarmista, penso que o texto abaixo, disponível na página do centro de vulcanologia da Universidade dos Açores, pode ser interpretado como uma forma muito "suave" de dizer que uma nova erupção vulcânica estará para breve (alguns anos) na zona central da ilha de s. miguel. Acho que tal recomendação de precaução, vindo de cientistas da UAC, deverá ser tomada muito a sério!

"A parte central da ilha de S. Miguel é atravessada por um importante sistema de falhas que se estende da costa norte à costa sul, abrangendo o maciço de Água de Pau e toda a região da Achada das Furnas (Congro). Num contexto mais geral, a estrutura do Fogo-Congro representa um sector emerso de uma das mais activas zonas de fractura do Atlântico Norte, uma estrutura que se prolonga desde leste de Santa Maria até à Crista Médio-Atlântica, localizada a oeste das ilhas Graciosa e Faial.

Assim sendo, não estranha que o sistema Fogo-Congro seja uma das mais importantes áreas sismogénicas do arquipélago, aqui se acumulando tensões que resultam do jogo das placas litosféricas Eurasiática, Africana e Americana. Na verdade, mesmo em períodos de “acalmia”, este sistema regista, em média, 3 a 5 microssismos por dia. De tempos a tempos a área é palco de uma crise sísmica mais importante, tal como aconteceu em 1989 e, mais recentemente e com maior frequência, nos últimos 3 anos.

Numa região como a dos Açores os sismos não podem ser dissociados dos vulcões e esse é, em particular, o caso do observado no sistema Fogo-Congro. De facto, como é sabido, este sistema tectónico abrange o Vulcão do Fogo, a oeste, e um alinhamento de pequenos centros vulcânicos que se estende desde a Lagoa do Fogo até ao bordo da caldeira do Vulcão das Furnas, a leste, de entre os quais se salientam o cone de escórias do Monte Escuro ou a depressão da Lagoa do Congro, entre muitos outros.

A história geológica da ilha de S. Miguel desde o seu povoamento, no século XV, está marcada pela ocorrência de sismos e erupções vulcânicas que têm provocado inúmeras vítimas, avultados estragos materiais e significativos impactes sob o ponto de vista económico, social e cultural. No caso particular do sistema Fogo-Congro, há a salientar: (1) o terramoto de 1522, imediatamente seguido por grandes escorregamentos de terra e um tsunami, que em conjunto destruíram a então capital Vila Franca do Campo; e (2) as erupções de 1563, uma, explosiva, centrada no interior da caldeira, cujas cinzas se estenderam para leste, até ao Nordeste, e outra, efusiva, marcada pela emissão de lavas que correram no flanco N, destruindo a zona da Ribeira Seca.

Este conhecimento justifica que a população de S.Miguel tenha consciência da necessidade de se preparar para uma qualquer nova ocorrência. A questão não é “se” mas “quando” vai tal acontecer e cada dia que passa nos aproxima, inevitavelmente, desse momento, mesmo que seja daqui a muitos anos."

Fonte: www.cv.uac.pt
JASRAPOSO disse…
Quinta-Feira, 20 Outubro 2005
jornaldiario A Ç O R E S
8:04



Quotidiano

Região Congro-Fogo continua instável

Foram registados dois sismos de fraca intensidade em S. Miguel.


Dois sismos de fraca intensidade - grau III na escala Mercalli Modificada – foram sentidos, terça-feira à noite e hoje de manhã, na ilha de S. Miguel.
Segundo o Serviço Regional de Protecção Civil e Bombeiros dos Açores, o primeiro desses sismos, associados à crise iniciada em Maio na região do Congro-Fogo, ocorreu às 21h45 horas de terça-feira, sendo sentido, com grau III, na freguesia de Água d’Alto.
O sismo de hoje, registado às 10h02 horas, foi sentido, com a mesma intensidade, nas freguesias do Porto Formoso e S. Brás.
A crise centrada no Congro-Fogo verificou, em meados de Setembro, um “pico” de actividade, com sismos que chegaram a atingir o grau VI Marcalli, provocando sobressalto nas populações e a adopção de medidas preventivas pela Protecção Civil.

2005-10-19 12:42:45
JASRAPOSO disse…
Não deixa de ser estranho que, após as vistirias efectuadas a 24 de Setembro p.p., ainda nada se saiba sobre o levantamento efectuado à torre da Igreja.

É pedir de mais aos senhores membros da Comissão Fabriqueira que digam aos cidadãos o que se está a passar?

Ou será que o encerramento das contas das festas teve prioridade sobre a questão da torre??
Cavalete disse…
Exactamente, penso que temos o direito em saber qual foi o resultado do levantamento efectuado a torre da igreja.

Especialmente porque esta em causa a seguranca de cada pessoa que vai a igreja e circunda a volta da torre.
deus2 disse…
Claro quem sim! A igreja além de se "a casa de deus" é património arquitectónico da freguesia e impoe-se saber os resultados do estudo sobre as fendas da torre.

As pessoas devem ser informadas porque também são informadas quando é para fazer coletas
JASRAPOSO disse…
Quinta-Feira, 27 Outubro 2005
jornaldiario A Ç O R E S
7:48



Quotidiano

Terra volta a tremer

Foi registado um novo evento sísmico na região Fogo-Congro, em S. Miguel.


Às 18h54 de ontem, 25 de Outubro, foi registado um evento sísmico, com epicentro localizado a cerca de 6 km a oeste das Furnas. De acordo com a informação disponibilizada pelo Serviço Regional de Protecção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA), o sismo foi sentido com intensidade IV (Escala de Mercalli Modificada) em Vila Franca do Campo, Ribeira das Taínhas, Maia e Furnas; intensidade III em Porto Formoso, Lomba da Maia e Água d'Alto; e intensidade II/III na Ribeira Grande.
O SRPCBA mantém as recomendações de segurança. Apela-se, assim, às populações das zonas afectadas que não circulem em estradas ou caminhos junto a taludes ou falésias instáveis e que não permaneçam em habitações que não ofereçam resistência à acção sísmica.

2005-10-26 09:37:31

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