Relíquias


Quem vai da Courela para a estrada encontra uma das últimas antigas oficinas de ferreiro existentes em São Miguel. Especialista em ferragens, produtor de aguardente e fumador de tabaco de enrolar, ele é conhecido por todos como Ferreiro.
A sua oficina é um autêntico museu de utencílios antigos. Alguns deles possuem grande valor histórico e mesmo económico.
Assaltado várias vezes, já com o peso dos anos, a oficina do Ferreiro resiste à força dos tempos.
Um local a visitar!

Comentários

JASRAPOSO disse…
De acordo com a imprensa de hoje o Governo Regional vai lançar o concurso público para a reabilitação da estrada entre as Gramas e o Nordeste, numa extensão de 38,7 Km.

O concurso está aberto até ao próximo dia 19 de Setembro e o prazo da execução da obra é de cinco meses.

Estão de parabéns todos aqueles que lutaram por esta causa.
Cavalete disse…
Sem duvida que alguns dos problemas aqui discutidos estao a ser resolvidos. Uma palavra de apreco as pessoas que estiveram mais directamente envolvidas na consciencializacao do Governo Regional sobre o problema da "madita estrada".

Este post e um dos melhores ja aqui lancados pelo regedor! Devemos sempre homenagear os simbolos vivos do Porto Formoso e o Ferreiro e, sem duvida, um destes simbolos!

Nao tenho muito jeito para fazer interpretacoes sociologicas de fotografias mas esta fotografia e de uma riqueza extraordinaria. A expressao facial do Ferreiro demonstra o orgulho no seu passado e profissao e alguma malicia que lhe e caracteristica; o barrete, a jaqueta descaida, a protecao inevitavel contra o frio madrugador (camisa e pull-over) e a pose um pouco corcunda sao tracos unicos. O contraste entre o brilho da luz exterior e a enorme escuridao propria do interior da oficina e a experimentacao de tinta na parede e tambem interessante.
deus2 disse…
Parabéns ao Regedor por este post.

Também não percebo muito de fotos mas gosto muito desta fotografia.
As roupas e a cara do Ferreiro estão espectaculares e também a luz cá fora e o escuro do interior ficam muito bem.

O comentário do Sr. Cavalete diz quase tudo o que se pode ver na fotografia.

O Regedor devia fazer todos os meses uma foto das "relíquias" do Porto Formoso. Pacheco e o cachimbo, o Sr. Lázaro, Sr. José Plora e outros porque andam a morrer muitos deles e fica-se com uma recodação para sempre.

Era bom ter uma foto do José Polícia no jardim, do Tio Viana, do Evaristo, do Tio António Rodrigues que já faleceram.

Adeus
JASRAPOSO disse…
Cumprindo a sua obrigação de informar, o Grupo Folcolórico já colocou os cartazes com o anúncio do festival da próxima Sexta-Feira.

Não deixa de ser estranho que o referido cartaz não mencione o apoio da Junta de Freguesia a este evento.

Não é o campo de futebol propriedade da Junta de Freguesia?

Não é a Junta de Freguesia que irá pagar e energia eléctrica?
deus2 disse…
amigo JASRAPOSO,

vi ontem pela primeira vez o cartaz do festival de folclore.
Antes muito tarde do que nunca. São coisas de quem organiza pela primeira vez um festival e não tem experiencia por isso estão perdoados.


O Grupo de Folclore é formado por pessoas muito competentes e não à maneira de eu perceber como cometeram este erro:

na lista das entidades do cartaz que eu vi está la a Junta de Freguesia mas está em último lugar e escrito numa fita que foi colada por cima do cartaz já depois do cartaz ter sido feito.

Fico a pensar que a junta só apoiou na última da hora e por isso os cartazes já estavam feitos e teve de se colar o nome da Junta de Freguesia disfarçadamente ou então foi má vontade.

Adeus
O Regedor disse…
Como sei da importância e do trabalho que dá organizar um Festival de Folclore, acho uma pena não ter sido melhor divulgado.

Qual o mal de dizer isto?

Cumprimentos a todos

PS. Logo lá estarei a ver folclore
Cavalete disse…
Noticia de hoje do Acoriano Oriental.

"Estacionamento continua a dificultar acesso à praia
05-08-2006
por LC


O estacionamento nas bermas da via que dá acesso à praia dos Moinhos,
na Freguesia do Porto Formoso, continua a ser uma realidade que se traduz em sérios transtornos para a circulação na mesma. Isto porque se torna praticamente inviável a passagem de veículos nos dois sentidos.Facto é que, apesar dos sinais a proibir a paragem, são inúmeras as viaturas mesmo à entrada da zona balnear. Uma situação que contrasta com a ocupação do parque de estacionamento localizado a menos de 200 metros da praia e que regularmente se apresenta com largas dezenas de lugares disponíveis. Considerando o facto dos condutores ignorarem a sinalização, os moradores admitem que a solução será mesmo uma acção de policiamento mais intensa."
Cavalete disse…
Mais noticias sobre o Porto Formoso no AO.

"Folclore anima serão da Freguesia
05-08-2006
por LC


O campo de jogos da Freguesia do Porto Formoso recebeu ontem o II Festival de Folclore da localidade.
Participaram neste evento diversos grupos de folclore oriundos da ilha de São Miguel como é o da Casa de Povo da Ribeira Grande, da Casa de Povo do Livramento, dos Arrifes e da Ilha Verde.

A edição deste ano do festival contou ainda com a presença do grupo “Modas da Nossa Terra” vindo da ilha Terceira e o rancho “Rosas do Mondego”, de Coimbra.

A organização desta iniciativa esteve a cargo do Grupo de Folclore da Casa do Povo do Porto Formoso, fundado em 1998 e reunindo 48 elementos trajados com o traje típico da colheita do chá."
O Regedor disse…
Caros bloggers,

devido a problemas técnicos não consegui ser eu a tirar umas fotos ao II Festival de Folclore do Porto Formoso, contudo, tentarei arranjar as fotos de alguém para colocar aqui.

Cumprimentos
JASRAPOSO disse…
Passou desapercebida a presença do filho do dr. Manuel Alegre no II Festival de Folcolore do Porto Formoso.

O Afonso Alegre, ilustre jurista, está a passar férias no Porto Formoso dese o passado dia 28 de Julho, regressando ao Continente a 10 do corrente.

Na passada semana, um grupo de amigos do Porto Formoso promoveu um jantar nos Moinhos que contou ainda com o dr. Manuel Alegre e esposa, regressados de férias do Pico e em trânsito para Lisboa.

A dr. Afonso Alegre é um grande amante do mar e hoje esteve a mergulhar na nossa baía.

Amanhã irá fazer um mergulho de barco, acompanhado pelo Piroco.
JASRAPOSO disse…
O segundo Festival Folcolórico do Porto Formoso, mais do que uma manifestação cultural, foi um espaço de convívio porquanto os participantes do exterior da nossa ilha chegaram uns dias mais cedo.

Numa sociedade movida pelo egoísmo e materialismo, foi bom registar dois aspectos:

- O agradecimento das "Rosas do Mondego" à população do Porto Formoso pelo carinho que lhes dispensaram e

- O reconhecimento público da actual direcção do Grupo a três das suas fundadoras.

É muito agradável ver o reconhecimento público do trabalho e esforço das pessoas.
deus2 disse…
Os mais e os menos do professor deus2


mais:
- qualidade dos grupos da terceira, coimbra e porto formoso
-bom numero de pessoas
-troca de lembranças


menos:
- não pôr a junta de freguesia no cartaz mesmo que tenha sido esquecimento pareceu uma jogada política muito suja
-má divulgação do evento: 3 dias antes é que foram colocados os cartazes e não se ouviu falar em nada na radio nem RtpA

Não ha explicação para ninguem da Casa do Povo ter estado no festival. É preciso não esquecer que o grupo folclorico pertence à Casa do Povo.
A Casa do Povo é uma instituição fantasma.

Parabéns ao Grupo folclórico e voces não precisam da Casa do Povo para nada. Só traz problemas.

adeus
JASRAPOSO disse…
Por este andar da carruagem não é muito difícil de prever o que serão as festas de Nossa Senhora da Graça, quer no aspecto religioso quer no cívico/cultural.
JAGPacheco disse…
No Porto Nunca Se Faz Nada!

Respeitando as directivas do Bloger James Dean, aproveitei este fim-de-semana para reflectir. Embora me apeteça, não vou partilhar com os meus amigos Blogers as minhas reflexões, apenas e só, por uma questão de “auto controlo”.
No entanto mesmo não sabendo se o Regedor o permite, vou repetir um comentário que embora já tenha uns meses, continua na minha opinião a ser muito actual:

14/11/2005
“No Porto Formoso as sementes de divisão proliferam, por opções partidárias, simpatias desportivas, vaidades, e por vezes, até por razões religiosas.
O Grupo de Folclore do Porto Formoso, tem sido capaz de aproximar as pessoas, gerar paz e consenso, respeito e harmonia. Dignificar cada um pelo que é, e mostrar que a diversidade pode enriquecer a todos.

Para além das actuações visíveis e dos ensaios semanais, o Grupo de Folclore têm feito recolhas e pesquisas dos nossos costumes e das nossas tradições. Este fim-de-semana, fomos agradavelmente surpreendidos, pelo facto do Grupo de Folclore já estar a pesquisar a música, a letra e a coreografia do “Pezinho do Porto Formoso”.

É um grupo que se congrega, em clima de convívio e estima mútua, á volta de um objectivo comum. Devendo por isso, formar uma associação com Estatutos próprios. Uma Direcção, um Concelho Fiscal e uma Assembleia Geral composta por todos os seus elementos.

A Casa do Povo não representa, nenhuma “mais valia” para o Grupo de Folclore que organizado como associação poderá angariar muitos, e mais do que merecidos apoios. Sem ter de prestar vassalagem a esta, ou a qualquer outra instituição.”

Saudações Formosas
O Regedor disse…
Caro amigo Gnussen,

concordo com o facto de os comentários deverem cingir-se mais ao tema do post, mas neste caso devido à importância do Festival de Folclore é normal que este post fosse contaminado.

Neste caso a culpa até é um pouco minha porque ainda não consegui colocar o post sobre o festival.

Acho que há posts que permitem "dinamizar o diâmetro intectual dos participantes" desde que os comentadores o queiram. Embora ache que o um post sobre "o que é a verdade" seja deveras interessante penso que ele não tem lugar neste blog, mas sim num blog de filosofia, por exemplo.

Contudo, coloco aqui algo para o intelecto.

Abraço!

ELOGIO AO AMOR - Miguel Esteves Cardoso in Expresso

Quero fazer o elogio do amor puro.
Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática.Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.

Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões.
O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.
Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá tudo bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas.
Já ninguém se apaixona?
Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo? O amor é uma coisa, a vida é outra.·
O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade.
Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar.
O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto.
O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima.
O amor não se percebe. Não dá para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal.
Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem.
Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir.

A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a vida inteira, o amor não.
JASRAPOSO disse…
No JORNAL DOS AÇORES de hoje há duas páginas com o título "Porque a Praia dos Moinhos não tem Bandeira Azul".

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