Pescadores


Esta foto dos nossos pescadores, tirada pelo Polícia Marítimo em 1947, vale por sí própria. Os semblantes, as roupas e as poses daqueles homens falam por si e dispensam mais palavras.

Comentários

JASRAPOSO disse…
1947 SEGUNDA GUERRA MUNDIAL.

O país vive na miséria e o Porto Formoso não é excepção.

Algumas famílias regressam da América para que os filhos não sejam incorporados no exército dos Estado Unidos.

Os rapazes ficam escandalizados com o ambiente que encontram, as raparigas provocam escândalo ao andarem de calças de homem e passearem na freguesia montadas a cavalo os homens investem as suas economias em casas grandes com mercearias no rés-do-chão. Outros gastam os seus dollars em terras e barcos de pesca.

O povo não tem dinheiro, na igreja o padre distribui senhas para as pessoas adquirirem os bens de primeira necessidade nas mercearias.

Em contrapartida há alguma gente que vive desafogada. São os oficiais e sargentos continentais que estão aquartelados no lugar da Ponte. Namoram e casam com as meninas de bem da freguesia e fazem filhos a mães solteiras...

Os militares vivem muito bem e têm por criados os muitos soldados e os desafortunados, criam clubes de acesso restrito, como por exemplo a Legião Portuguesa.

A história repete-se. Tanto no passado como agora, há sempre gente que vive bem a contrastar com a miséria de outros...
virafoto disse…
Amigo JASRAPOSO,não é minha intensão dizer que estás irrado no ano da segunda guerra Mundial espero ser um lapso, pois o ano é 1939 a 1945,as tropas digo Portuguesas,nelas constava açorianos e continentais.Pois quanto as moças do Porto Formoso,não foram diferentes das restantes freguesias,espero que saibas que em em S.Miguel,foram muitas as freguesias onde havia aquartelamento,no entanto todas as freguesias foram vitimas daquela saga social fruto da miséria que cá havia.Mais de oitenta por cento das que namoravam com rapazes do Porto Formoso,largaram e namoraram com soldados continentais,muitas ficaram com o filho nos braços outras casaram e ficaram por cá,estas tiveram mais sorte do que outras os acompanharam e foram trabalhar nos campos,clima muito diferente sabe Deus quanto sofreram,grande parte não conseguiram vir aos Açores.Pelos vistos considero aquelas que ficaram com o filho nos braços com mais sorte.Ainda hoje onde à guerra, há
e haverá casos em muito iguais como os que passaram por todos os Açores.Muito obrigado pelos teus comentários que fazem reviver tempos remotos
JASRAPOSO disse…
Por uma questão de princípio não costumo comentar as apreciações que fazem ao que escrevo neste blog. Porque se trata de uma apreciação séria e contrubuitiva tenho de concordar com a observação que me foi feita, no que concerne à data. Lapsos, quem os não comete??
Silva disse…
Foi nos anos quarenta a Europa ainda não estava refeita da primeira guerra mundial quando se dá a segunda guerra.Portugal prevendo que os Açores estava no centro do Atlântico,estava debaixo da alçada da Alemanha o Oceano Atlântico,estava invadido por submarinos Alemãs.Salazar que se os Açores fossem tomados pelos Almães enviou um forte contigente militar,edificaram trincheiras quarteis bunkas digo(subterranos) ao longo da costa de toda a Ilha,muitas são ainda existem basta quem conheça os sítios para se dar com elas.Quanto à pobreza do Porto Formoso sabe-se que grande parte do povo vivia pobre com o aproximar da guerra ficou pior não havia transportes,combustiveis e outros bens isênciais mais comuns,dai é que e racionados por senha a distribuição de bens à população.Pois havia famílias mais abastadas que se recusavam fornecer os bens alimentares que tinham,de tal resultou a apreensão e coima pesada a quem se tinha negado.Naquela altura e até ao anos sessenta a àrea à volta de grandes terrenos era propriedade de quatro ou cinco senhorios alguns construiram pequnas mansões,ainda são vistas embora já não pertencem aos seus descedentes,eram pessoas que tinham feito fortunas com o negocio da laranja,compraram vários terrenos em quase toda a ilha e ai construiram, outros pequenos solares onde as habitavam sazonal em vários meses do ano.Pois seu povo trabalhava de forma sazonal não havia trabalho muitos a fim de puderam sustentar a família recorriam a trabalhos fora da freguesia,Gorreana,Lameiro,embora na freguesia algumas famílias mais abastadas davam serviços e muitos por troca de bens alimentares.Quanto à escravidão pois já vem de muito longe basta ver que muitos de nós somos descentes de escravos,quando seus mandatários vieram povoar os Açores não vieram só com seus familiares também vieram com eles seus escravos só mais tarde conseguiram ser livres,quem tenha duvidas basta consultar registos e ver quem eram eles.Os tempos mudam
aguia disse…
A miséria era tanta nessa altura que sou capaz de arricar que só havia uma pessoa com sapatos nessa fotografia. Era o sr. Martins, guarda-fiscal nessa época.
aguia disse…
Na próxima Quinta-Feira é dia de Amigas. Como tenho que vir dormir ao Porto Formoso vou festejar este dia com um almoço com as minhas amigas do coração na capital do Norte onde trabalho. Vamo-nos divertir enquento é tempo porque a crise está aí à porta.
sono1 disse…
Sapato para quem bem sabe sapatear.

A indumentária as expressões faciais deste grupo de pessoas e o facto de haver uma pessoa que se diferencia das restantes outras tornam esta foto bastante interessante.

Passada uma década chega o primeiro barco a motor ao Porto Formoso! Acontecimento do ano! O espólio fotográfico do passado das nossas gentes permite-nos enriquecer as vivências e costumes culturais! Tornando esta actividade em particular num ramo profissional emblemático!

Passados trinta e quatro anos após a sua morte meus pais referenciam o Sr.Martins como uma pessoa de bem. Que marcou uma época! Despendendo muito do seu tempo à causa cívica!
A afirmação do passado permanece em muitos lugares desta freguesia!

Com um forte abraço.
sono1 disse…
Ontem decorreu no Porto Formoso a cerimónia de abertura, presidida pelo Secretário Regional da Agricultura e Floresta, Noé Rodrigues do Caminho Rural Chá do Sr. Amâncio.

Com inicio na Estrada Regional e termo no Mato dos Valados, as obras neste caminho, com uma extensão de 3500m, consistiram na correcção do traçado, alargamento para 7 metros (valetas incluídas), melhoria da rede de drenagem, construção de valetas em betão e revestimento betuminoso do piso.
Foi ainda construído um novo troço, com 100metros de extensão, de forma a melhorar o acesso a pastagens adjacentes.
O custo total da obra foi de 555.000€

Com um forte abraço.
O Regedor disse…
Um grande espectáculo sem bilhetes à venda e sem lugares marcados foi o que ocorreu na Praia dos Moinhos no dia de ontem!

Ondas de 8 metros de Noroeste deram um grande espáculo visual e sonoro na nossa praia com a água a chegar às escadas e à entrada dos balneários.

Entretando, a cada dia que passa diminui a probabilidade de as obras na praia estarem prontas antes do Verão, aumenta a probabilidade de estarmos no Verão com obras a decorrer na praia e aumenta ainda mais a probabilidade de as obras acabarem em cima das eleições.
Como dizia o Jardel: porque será?
Ou como dizia a outra: expliquem-me como se eu fosse muito burra.

Cumprimentos
aguia disse…
No almoço do dia das amigas convdersámos sobre a grave crise que o mundo está a atravessar, até que a minha colega Luísa comentou com as presentes um pensamento de Karl Marx, escrito em 1867.
Aqui vai ele.
OS DONOS DO CAPITAL VÃO ESTIMULAR A CLASSE TRABALHADORA A COMPRAR BENS CAROS, CASAS E TECNOLOGIAS, FAZENDO-OS DEVER CADA VEZ MAIS, ATÉ SE TORNAR INSURPORTÁVEL. O DÉBITO NÃO PAGO LEVARÁ OS BANCOS À FALÊNCIA, QUE TERÃO DE SER NACIONALIZADOS PELO ESTADO.
Meras coincidências, acrescento eu.
Jabf disse…
O Ser Humano é um fantasista, um ilusionista, um romancista...a repetição do sufixo "ista" aparece como uma mera coincidência em relação à verdade crua de se ser actualmente realista! Vamos ser sérios, os sonhos de quem não pode decidir é o presente oferecido por quem não nos consegue dar um futuro.
A unica saida que encontro no meio de tanto entrave, é encontar o sitio por onde entramos.
O mundo está manipulado. O marketing é um dos sintomas da actual "psicopatia" politica/empresarial. A unica certeza que temos é que a rotação da terra não influência em nada a desorientação humana, muito menos a translação. Embora pareça o contrário, a verdade é que o conceito "Mundo" está cada vez mais singluralizado, tanto que é capaz de caber no crânio de uma pessoa. A globalização veio comprovar que o mundo pertence a todos. Pena, é que nem todos pertencem a este mesmo mundo.

Um abraço e felicidades para quem encontar a porta por onde entrou!
JASRAPOSO disse…
Nosso José Manuel, conhecido no bar Fair-Play como o Araújo "residente no Porto Formoso e com um pouco mais de um metro de altura é uma das caras da noite". O José Manuel dá hoje uma pequena entevista no jornal Açoriano Oriental, com fotografia.

Leitura a não perder.
virafoto disse…
Assim como nem todos tem este Jornal o Regedor poderia fazer um recorte e publicar neste Blogs merece ser visto e lido por todos leitores da Casa da Mosca em quase todo o mundo. O Araujo merece.

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