Turismo de Natureza

Passeio pedestre da Associação Amigos dos Açores, Ladeira da Velha, dia 18 de Maio de 2007


Os Amigos dos Açores programaram 12 passeios para o ano de 2007. Destes 12 passeios, 2 foram no Porto Formoso (Trilho do Rego Dágua/Chá e Trilho da Ladeira da Velha). No passeio pedestre do dia 18 de Maio foram 55 pessoas à Ladeira da Velha.
Este facto demonstra aquilo que é óbvio: o Porto Formoso tem capacidade para ter 2 ou 3 trilhos dos melhores de São Miguel e atrair milhares de turistas e amantes da natureza.
Para isso, é preciso os responsáveis políticos terem visão estratégica e vontade de gastar uns euros bem gastos na limpeza, sinalização e divulgação dos trilhos.
ps. A Junta de Freguesia tratou de limpar e bem, o trilho da Ladeira da Velha o ano passado. Espero que este ano faça o mesmo.

Comentários

JASRAPOSO disse…
Enquanto a Secretaria Regional do Ambiente e a Câmara Municipal da Ribeira Grande gastam rios de dinheiro a recuperar e promover a mata do dr. Fraga, as belezas do Porto Formoso conseguem impor-se sem esses apoios.

É inacreditável que esses organismos oficiais não tenham uns míseres tostões para sinalizarem os dois trilhos do Porto Formoso, e simultâneamente, limparem a "piscina" da Ladeira da Velha.

Aqui parece não ser o dinheiro o problema. O que falta é alguma imaginação.
deus2deus disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
deus2deus disse…
Os políticos têm de perceber uma coisa: é preciso perceber bem onde gastar dinheiro para depois toda a freguesia ganhar com isso.

Se fizessem uma rede de trilhos e melhorassem as condiçoes da praia dos moinhos vinha muita gente à nossa freguesia.
O comércio e os restaurantes ganhavam com issoe depois os pescadores, os lavradores vendiam os seus produtos mais rapido e todos ganhavam.

A natureza no Porto Formoso foi muito generosae toda a gente gosta de vir ao Porto Formoso sem grandes condiçoes na freguesia.

Gastam-se milhares de euros noutras freguesias e no Porto Formoso nada. Mas as pessoas gostam sempre mais da nossa beleza. O problema são os políticos que não querem apostar no Porto Formoso.


adeus
JASRAPOSO disse…
Já foram anunciadas as prais que irão hastear este ano a bandeira azul. No concelho da Ribeira Grande apenas haverá uma, na freguesia das Calhetas.

É esta a imagem que a Câmara da Ribeira Grande faz passar para o exterior das praias do seu concelho.
sono1 disse…
Todos nós sabemos que para sinalizar um trilho pedestre, leva o seu tempo. É um processo demoroso.

E tratando-se da freguesia onde irá ser sinalizado, mais tempo, certamente o levará.

Esperamos, que para o próximo ano, os Amigos dos Açores, possam fazer o trilho Rego Dágua/Chá, devidamente sinalizado!!!!!

Com um forte abraço.
JAGPacheco disse…
A Mata do Dr.

Localizada no planalto da Achada das Furnas, era uma vasta propriedade privada. Com de vários hectares de floresta, composta essencialmente por um povoamento puro de Criptoméria japónica, (clipas).
Uma pequena área da propriedade foi alvo da atenção e bom gosto do Dr. Fraga. Tendo sido ajardinada e transformada numa “Mata Parque”, com exemplares botânicos de grande raridade.

Nos anos oitenta, os proprietários da época, exerceram uma grande pressão no sentido de transformar a totalidade da mata em pastagem. Após, difíceis negociações, foi-lhes concedido a autorização de cortar apenas a área de mata de Criptoméria.

Após o corte da área envolvente, a Mata do Doutor Fraga, ficou com muito menos valor cénico. Nos Invernos seguintes sem a protecção com que haviam crescido, inúmeras árvores tropicais foram derrubadas pelo vento. A Mata do Jardim como também era conhecida, foi sendo depenada e votada ao abandono.
Recentemente aquilo que restava da Mata foi adquirido por iniciativa da Junta de Freguesia da Maia (com o apoio de outras entidades) e dotado de infra-estruturas de recreio e lazer.
JAGPacheco disse…
A Ladeira da Velha

Com os avanços da medicina convencional, a utilização de águas termais para cura de determinadas maleitas, foi entrando em desuso. Neste contexto, as termas da Ladeira da Velha com o seu difícil acesso foram das primeiras a encerrar as portas.

Estas infraestruturais em algumas zonas turísticas, para se adaptarem aos tempos modernos, transformaram-se em SPAs, o que está a acontecer por exemplo, com as Termas das Furnas.

A solução do Percurso Pedestre para a Ladeira da Velha parece-me bastante realista e interessante. Porque embora de pequena extensão, tem um grande ponto de interesse, a “piscina” de água termal.

Não se pode esquecer no entanto, o facto deste percurso ter perdido grande parte do seu encanto, com o corte da mata envolvente.
Esta mata instalada numa encosta de tão grande declive. Tinha uma função de protecção ambiental muito importante. Era vista por milhares de turistas a partir do Miradouro de Santa Iria. Sendo fundamental para a conservação e segurança do trilho. Servia também de zona de protecção á nascente de águas termais.

Porque não se seguir o exemplo da Maia!?
Gracinha disse…
Já em tempos meus avós falavam nos "banhos da ladeira", sempre me contavam que lá havia a agua quente a que muitos se davam ao luxo de passar uns bocados do seu tempo.
Sempre foi um sitio que tive muita curosidade de conhecer, no entanto os seus acessos nunca me permitiram. Quando vi no jornal o anúncio , relativamente, a este passeio pensei "É desta que vou lá...",contudo, chegou-se o dia, e com muita pena fiquei atrás, nunca mais me lembrei ;(.
Enfim, vou continuar com a esperança DE qualquer dia lá chegar.

Continuação de bom fim-de-semana, e se for o caso boas festas de Pentecostes.
O Regedor disse…
Uma vez por ano tenho de ir tomar um banho à Ladeira da Velha.

Umas vezes de barco, mete-se a poita ao fundo e depois nada-se até terra, porque a pedras não deixam o barco ir a terra. Outras vezes por terra, descendo o caminho da ladeira da velha.

De barco a viagem é espectacular: ver a baía do mar com a igreja e os montes ao fundo, ver a praia dos moinhos com o seu ilheu e depois antes de entrar na baía Sta. Íria, vê-se ao mesmo tempo a Ponta dos Fenais e a Ponta do Cintrão.

Por terra, desce-se por um atalho em zigue-zague sobre a ladeira. Esta atalho àcerca de 18 anos atrás era relativamente largo (em muitas zonas cabia un jipe) e a descida era acompanhada pela sombra da mata de Criptoméria. Num dia de calor descia-se respirando o ar das clipas e sempre pela fresca.

Em ambos as formas de lá chegar (barco ou a pé) nunca é rapido lá chegar. Como uma ruína perdida ou um lugar secreto, demora a aparecer, é preciso ter tempo e energia para lá chegar porque vale a pena.
Ao descer as escadas vêem-se as quatro paredes principais embutidas ra rocha à beira-mar, cheias de água termal.

É preciso ir para lá cedo, antes das cinco horas o sol esconde-se.
Mas mesmo assim, com pouco tempo, porque nestes sítios queremos sempre ficar mais, é hora de mergulhar e ficar a boiar na água termal e a ouvir o mar a bater nas pedras.
Se houver força e vontade, apanha-se umas lapas para matar a saudade.
Estende-se a toalha numa meia placa de cimento partida pela fúria do mar. É hora de regressar... o momento mais triste. Ou temos de mergulhar na água mar para alcançar o barco ou temos de subir de novo o atalho e agora já não há as clipas que faziam sombra!
Mas não interessa, a missão estava cumprida, o dia estava ganho: tinha ido uns momentos para um pequeno paraíso.
Pedro Lopes disse…
Meu caro Regedor, só conheço este local visto de cima, ainda não tive oportunidade de lá descer.

Por mar, conheço bem a costa sul, mas a tua costa norte, não. Infelizmente.

Mas agora, depois de ler este teu comentário, fiquei com vontade de experimentar essas sensações que tão bem descreves.
Admito coragem na divulgação desta pérola, pois locais como estes querem-se só para nós.

Não passa deste verão, um banho na Ladeira da Velha.

Um abraço

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