O que significa para si o Porto Formoso?
Convido todos os bloggers a escreverem aquilo que sentem quando pensam no Porto Formoso... saudades, recordações, cheiros, cores....
O vídeo que foi apresentado é apenas uma parte do DVD sobre as Festas de N. Sra. da Graça 2006 da autoria de Luís Furtado e Saulina Furtado.
Quem desejar adquirir o DVD completo, com cerca de 3 horas de filmagens, pode contactar com:
Fotografia e Vídeo Maia
Rua do Rosário nº 14 - Maia
Telefone: 296446816
Telefone (casa): 296442989
Telemóvel: 964671584
O DVD também está disponível para o sistema americano (NTSC).
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O vídeo que foi apresentado é apenas uma parte do DVD sobre as Festas de N. Sra. da Graça 2006 da autoria de Luís Furtado e Saulina Furtado.
Quem desejar adquirir o DVD completo, com cerca de 3 horas de filmagens, pode contactar com:
Fotografia e Vídeo Maia
Rua do Rosário nº 14 - Maia
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Comentários
Tirado este Blog, quem tem levado mais aquem o nome do Porto Formoso? - talvez seja o grupo Foclorico se pensarem bem.
Mas não só de mesquices é feito a vossa terra, tem uma boa praia, tinham dois restaurantes jeitosos, teem a fabrica de chá, alguns bons jogadores de futebol, alguns já defrontei, enfim e mais nao teem porque como aqui já dizeram o proprio povo destroi tudo.
Quem sabe se com a reuniao de câmara realizada no POrto Formoso, seja inaugurado entao o tao desejado MULTIBANCO e tb o Netpoint! emh é esperar para ver.
Tirado isto sabores, cheiros só na zona dos moinhos
Devido à evolução das coisas muitas pessoas do Porto Formoso tornaram-se demasiado obsessivas, tendo como melhor exemplo o que se passa em alguns escritos deste blog, onde algumas pessoas aproveitam o anonimato para dizerem asneiras.
Estas pessoas estão a transformar, com os seus escritos e os seus comportamentos, o Porto Formoso num autêntico estado estalinista.
Antes, na nossa freguesia, coabitavam quatro líderes - O PÁROCO, O REGEDOR, O PRESIDENTE DA JUNTA E O PROFESSOR. Qualquer destas quatro figuras, merecê da sua postura, eram verdadeiros e autênticos exemplos de serviço à causa pública.
As pessoas nascidas até à década de sessenta do século passado são a testemunha viva das minhas afirmações.
Qualquer daquelas pessoas dedicava muito do seu tempo em favor do progresso da freguesia, recebendo em troca o melhor que se deseja - O reconhecimento da população.
Naquela época imperava o sentido do serviço à comunidade sem os benefíciosmonetários exagerados que actualmente poliferam na nossa sociedade.
Hoje, estes homens estão esquecidos e colocam-se nos pedestrais aqueles que, com a sua influência, conseguem condicionar a consciência e a liberdade das pessoas.
Da sociedade humanista passou-se à egoísta e individualista, com os resultados desastrosos que muitos dos nossos responsáveis teimam em não querer ver e, pior do que isso, a tentar ocultar dos cidadãos.
As brincadeiras no calhau, areia do meio e areia do cabo, as tentativas de chegar ao piquinho, pescar ao caranguejo com lapas, aos sargotes e os mais velhos a porem os mais novos para o fundo.
Subir e descer as ribeiras, atravessar pastos, dar barrigadas nas quintas e jogar futebol de inverno no meio da lagoa que fazia na parte de tras da escola de baixo.
Os grandes dias de inverno com chuva e vento, as viúvas vestidas de preto a passar na rua.
Ir à loja fazer um mandado. Buscar queijo ao José Plora, alcool ao Sebastião, creme da barba ao Luís dos Ovos, um pincel ao Dionísio e tentar arranjar trocos para comprar um gelado de banana.
Ir comprar um pião e fieira ao José Plora e jogar na parte de trás da escola de cima.
Depois de uma rajada de vento ia-se embora a luz. Jogar às cartas à luz das velas e dos candeiros a petróleo.
Jogar às cartas no José Plora e no Sebastião.
Chegou o verão!
A escola parece ter mais gente nas férias do verão do que de inverno. Uns brincam às carrinhas de esferas, outros ao pião, à lata, ao 31, ao futebol, ao basebol, aos actores. (Hoje ficam em casa a jogar playstation)
Ir para as terras ajudar o pai, o avô e o tio. Procurar os ninhos dos melros negros...
A mantança do porco! Que dia de festa. Outra vez fazer mandados que eram recompensados com uma moeda para comprar rebuçados.
As canadas de terra, quando havia uma obra ficavam dezenas de pessoas todo o dia a olhar para as máquinas.
Ir à cidade... grande aventura! O natal que felicidade, as lojas enchiam-se de poucos brinquedos.
O Porto Formoso era o melhor sítio do mundo para ser crinça.
Hoje penso que já não é.
ADeus
Embora não possua recordações de infância nem sequer uma vivência que me permita emitir grandes juízos, gostaria de deixar aqui a minha impressão baseada nas minhas recentes experiências.
Para mim o Porto Formoso é estar perto de tudo. Aqui o tempo passa devagar: não se perde tempo no trânsito, não se vivem esperas intermináveis na caixa do supermercado. É um escape à rotina casa-trabalho-casa, da correria do dia a dia e da, por vezes, tão fútil vida citadina.
É poder reunir os amigos, é combinar um jantar, um copo, uma partida de dominó ou de futebol sem ter de recorrer ao telemóvel, porque aqui as coisas preciosas estão à mão, principalmente a natureza. Aqui se cruzam o verde do campo, a água e o mar ao virar da esquina.
O leque de opções é grande numa terra tão pequena: fazer o jantar com o melhor que a terra e o mar dão. O peixe fresco e de boa qualidade e o marisco abundam (ou não fosse este um local de grandes tradições piscatórias), as batatas e os inhames são óptimos tal como as bananas e os peros. Recentemente descobri que ainda existe um tesouro escondido de groselhas! O pecado da gula fica mesmo completo saboreando a massa sovada (a melhor da ilha, na minha opinião).
As verdejantes encostas dão o mote a passeios aventureiros onde se pode regenerar os pulmões. Olha-se em direcção às montanhas e vê-se crescer logo ali o chá que se pode saborear, logo mais acima, na tão bem recuperada fábrica de chá do porto Formoso, numa qualquer tarde de não fazer nada.
Depois há o mar. A sua presença sempre ali ao fundo, ora meigo, ora agreste. Foi a força do imenso oceano que ao longo dos tempos talhou esta costa em altas falésias que merecem uma visita por mar. De visita obrigatória é mesmo a praia dos Moinhos, com um largo areal escondido por uma pequena entrada por entre antigos moinhos de água, que lhe dão o nome. Esta praia é ponto de convívio para quem vive ou “veraneia” no Porto Formoso. A areia e as águas convidam a uma permanência demorada. A localização desta praia e as más condições da estrada de acesso ao Porto Formoso conferem a vantagem de se partilhar o areal com poucas pessoas, com excepção dos fins-de-semana. Nas noites de Verão noite deixamo-nos deslumbrar pelo tecto de estrelas, pela lua ou pelas cores de uma fogueira na praia.
Outra das surpresas é a água. Em diversos locais é possível ouvir o murmurar de pequenas ribeiras, saborear o paladar da água azeda, ou sentir na pele os benefícios de um banho termal relaxante na Ladeira da Velha, memo ali ao pé da água salgada.
Não há discotecas, hotéis, bares ou restaurantes de luxo. Decerto muito ainda faltará fazer, mas numa altura em que é moda viver em apartamentos na cidade, esta terra preserva ainda algumas tradições culturais e religiosas dignas de divulgação.
Quer chova, faça sol, soprem os ventos do norte, se irrite o Neptuno na praia dos Moinhos, falhe a rede no telemóvel ou mesmo a terra estremeça devido a sismos frequentes, este é um local que convida ao descanso, à leitura, à escrita, à fotografia, ao convívio, a querer voltar…
Na minha opinião deveria haver investimento no turismo em espaço rural, num parque campismo (do que estão à espera?!?), melhor sinalização e maior limpeza na baía.
Não obstante as quezílias em torno de aspectos sociais, características de meios pequenos, é bom ver que ainda existem pessoas, que mesmo residindo em Ponta Delgada e noutras paragens mais longínquas, dizem, com orgulho e com um brilhozinho nos olhos, ser do Porto Formoso.
O quintal do meu avô era um lugar de supremas deliçias, um paraiso. As flores, os frutos erao varios, oraçais, bananeiras, laranjeiras, uvas, coraçao negros, grozeilhas, e os cheiros dos chupes. A minha tia chamava-me para ir ao quintal com ela apanhar Camélias. Eram arvores enormes abudante de flores, o perfume era uma deliçia. Apanhava-mos uma cesta cheia de Camélias, sem defeitos para enfeitar o altar da Igreja. O mar ao longe sabia-se quando ele estava bravo ou quando estava manço, é inesquecivel.
O Mar, tomando banho na praia da areia do meio. Comendo um papo seco com queijo e bebendo uma Kima Maracuja. Sem medo do mar, ou de quelpuer pessoa que la tivesse.
Os dias antes do pao ser cozido no forno a lenha. Colhia-se a lenha, o forno era limpado, o pao amassado, bolos eram preparados, e muitas tortas de maça. Eram dias cansativos, dias longos. Sentava-me a ver a minha tia e avó com uma força e ciencia na preparaçao do forno. So elas sabiam o que tinha que ser feito, ficavao exhaustas no fim do dia, todas rozadinhas com o calor do forno e cheias de orgulho.
As matanças, o cheiro de tanta salsa picada. As crianças em repouso num capacho a espera da seia.
O cheiro dos cigarros de Santa Justa que o meu avô fumava. Ele ia-nos buscar a loja do meu pai, e muitas vezes trazia-nos para casa. Meu irmao no pescoço e eu agarrada a mao dele. Era muito tarde pelo os calços acima. O silencio da noite, o ceu com uma abundanca de estrelas a brilhar, e o constante cheiro dos cigarros de Santa Justa.
Natal, a noite da missa do galo. A minha tia levava-me para a missa, a noite era fria e muito escura, as estrelas erao a nossa luz. Ouvia-se os sapatos a bater no caminho, e as pessoas todas andar e falando suavemente pelo os calços abaixo apressadamente para a missa do galo. O ar cheirava de tranquilidade, conhecimento, amor, paz e alegria.
Tudo acabou.
Lamentável
Mais tarde e com mais idade, a linda praia dos moinhos. Agua limpa, cor do ceu, quente quando o coraçao estava frio e fria quando o sol tinha queimado a areia negra.
O Cemiterio, sempre vesito o cemiterio quando volto, é onde a minha linda familia dorme.
Tenho um especial carinho pelo Porto Formoso. Desde jovem, 15/16 anos, que eu e uns amigos que tinhamos mota, nos começamos a aventurar para fora dos limites da cidade de PDL e das suas freguesias mais próximas, e das praias do pópulo.
De entre várias explorações, houve logo uma freguesia, uma praia, um bar e um restaurante que nos cativaram. Refiro-me ao Porto Formoso e á sua praia e pequeno Bar (há 16/16 anos atrás) e ao café restaurante O Amaral, com o seu carismático dono...e agora o filho.
Já nessa altura o PF, mais concretamente a zona ao pé da praia, era uma zona que acolhia casas de veraneio, e eu tinha a sorte de ter amigos cujos pais ou tios tinham lá casa. ´Daí termos aí passado muitos fins de semana de inverno e semanas de verão, com os devaneios habituais de noitadas entre jovens, banhos À noite e algumas cervejas a mais no bar da praia. Faziamos boas jantaradas no Amaral, de arroz de lapas a chicharros, passando pelo polvo e pelos assaduras, regadas com vinho de cheiro ou bolinhas, acabando com umas misturas. Nunca ultrapassavamos os limites...no civismo, não no alcoól....
Fui conhecendo alguns locais, alguns com carisma (abstenho-me de revelar os nomes, não é importante para o que quero testemunhar)que nos animavam as noites e nos faziam voltar. Quando fui estudar para lisboa, deixei de lá ir com a regularidade que ía, mas quando cá vinha de férias um dos programas quase obrigatórios era um fim de semana no PF e outro no Nordeste. Sempre gostei da costa norte.
Muito mais podia dizer, mas alargár-me-ia muito. No entanto continuo a jantar no Amaral, a ir aí á praia...já não passo é tantos fins de semana...a vida agora é outra.
Os bons momentos que se vivem na juventude ficam no nosso imaginário, ficam guardados com saudade e carinho, por isso, quando passo pelo Porto Formoso, se posso paro, se não, ponho um sorriso.
o PF tem um enorme potencial que começa nas suas gentes e continua com as suas belezas naturais e com o Amaral...agora que perderam o Cantinho do Cais.
Não vos faltam potencialidades, saibam cuidar delas e mostrá-las.
Um abraço muito especial para o Regedor. Continua com força.
Nem sempre a vontade de pensar coincide com a vontade de escrever. Porém, para poder responder voluptuosamente a esta questão, há que cruzar sentimentos e mistura-los com palavras e algumas vírgulas.
Era uma família como tantas outras, o dinheiro não abundava, mas a vida entrava todos dias pelo mesmo sítio: pela porta da realidade.
Na família contavam-se quatro elementos; os pais e mais dois filhos. Por acaso formavam “dois casais”.
A mãe era doméstica, o que não significa que não trabalhasse, apenas e somente não auferia um ordenado. Por sua vez, o marido, trabalhava num emprego digno e capaz de sustentar toda a família.
Os anos foram passando sem que dessem por isso. Os filhos crescidos e prontos para vencerem na vida, optam por se emancipar dos progenitores e por inerência saem da freguesia que os viu crescer. Quando podem visitam os pais e “matam saudades “ dos melhores tempos das suas vidas.
Hoje, vivem nos “cubículos” denominados por “T2” ou “T3” ou até “T4”…não interessa! Sem espaço para ter espaço, sem lugar para sair e continuar dentro de casa.
Foram as contingências da vida e da actualidade que manipularam todo este trajecto.
Faço desta mini história, grande parte das histórias de vida de muitas pessoas do Porto Formoso, que por esta ou aquela razão, tiveram que sair.
Quantos pais que vivem num apartamento davam por uns metros quadrados ou redondos, para que os filhos pudessem brincar. No Porto Formoso, as crianças têm o privilégio (embora inconsciente) de usufruir de um espaço do tamanho da freguesia.
Hoje, e já consciente, fazendo uma viagem mental, misturo-me com estas crianças que brincam nos mesmos sítios que outrora brinquei, e relembro… suspendo todo o presente e confirmo que o Porto Formoso é para mim o quintal do meu mundo, da minha vida, das minhas coisas.
P.S. Porto formoso é lindo e disso não tem culpa, porque se a tivesse, talvez não fosse tão lindo como é realmente. A natureza fê-lo assim!
Hoje trago à baila a Casa Paroquial que foi adquirida pelo padre Afonso Quental ao guarda fiscal José da Rosa, por 110 contos, dinheiro esse obtido pela grande contribuição dos nossos emigrantes. Para fazerem uma ideia do investimento basta dizer que um guarda fiscal ganhava menos de um conto por mês naquela época.
Assistimos à limpesa do quintal daquela moradia no mês de Agosto pelo Manuel Alberto, mas já está tudo como dantes.
A degradação da casa e do seu quintal desde que o padre decidiu ir residir para S. Brás são um autêntico despreso pelo sacrifício que as pessoas fizeram para adquirirem aquele imóvel.
Não seria possível arrendar aquele quintal de modo a mantê-lo limpo e asseado?
Porque não se dá alguma utilidade à Casa Paroquial de modo a mantê-la arejada?
Esta estabilidade económica fez, entre muitas coisas, aumentar o parque automóvel da freguesia e dar uma maior dignidade aos nossos concidadãos.
Hoje, talvez mais de 50% dos empregados do Porto Formoso exerce a sua actividade fora da freguesia e desloca-se em viatura própria.
A Câmara Municipal da Ribeira Grande atenta a estas questões, incluíu no seu plano de actividades do corrente exercício a construção de dois parques de estacionamento nos Calços. Estamos quase no final do ano a ainda nada foi feito sobre esta matéria, assistindo-se por isso a um caos no estacionamento das viaturas na freguesia em que os automobilistas acabam por ser os menos responsáveis.
A par disso, assiste-se também a uma autêntica poluição sonora de algumas viaturas que, dia e noite percorrem a freguesia como se fossem autênticas discotecas . São os conhecidos "Carros das Fazendas". Uma alusão ao barulho feito pelos altifalantes dos carros dos vendedores ambulantes.
A este sim, deveria exigir-se mais respeito para com os que estão a descansar nas suas moradias para se levantarem cedo e chegarem a tempo ao trabalho no dia seguinte
Amanhã a TMN irá montar a antena no lugar da Ponte para a melhoria das comunicações de telemóvel em toda a freguesia. Em silmutâneo, já entrou na EDA o respectivo requerimento para o fornecimento da energia eléctrica.
Ainda este mês ficará todo o processo concluído no que se refere à TMN, ficando apenas pendente o acordo da VODAFONE de modo a que esta operadora também beneficie da referida antena.
Parabéns pelos excelentes comentários.
Ainda bem que muitas pessoas vêem o Porto Formoso de uma maneira parecida com a minha.
Cumprimentos a todos
Existe uma crença Hindu de que “o espírito após o último suspiro, regressa por momentos ao local que mais gostava”. Naturalmente que estes Blogers pela entusiasmo com que falam do Porto Formoso, saberão interpretar a beleza deste pensamento.
Saudações Formosas.
Há aqui sobre tudo um tom que eu quero notar, porque nunca o vi em parte alguma: o cinzento graduado até ao infinito, o cinzento destes dias de sol e névoa misturados, que só pertence aos Açores, onde a terra toma todas as nuances do cinzento, desde o cinzento roxo ao cinzento cor-de-chumbo, com cinzentos-claros mais afastados. Cinzento composto de névoa e sol, que paira sobre a larga paisagem humedecida. Cinzento mais próximo que se pega às árvores e que varia constantemente de cor, desde a cor pérola ao laivo quase doirado, conforme as distâncias, a aragem, as nuvens que correm e se afastam, transformando a todas as horas o quadro e fazendo da planície uma larga cena movimentada onde estão sempre a aparecer novos motivos de decoração.
Não é o mesmo dos outros sítios. É mais rico. Nesta vasta planície cultivada, o cinzento adquire outra vida, outros tons e outra variedade. Às vezes revolve-se em fios trespassados de luz. É quase nada, é um sopro que esmorece e logo aumenta e se derrete sobre a campina, toldando-a e enriquecendo-a. Nunca como aqui o vi tão movimentado e fundido no ambiente, tão cheio de efeitos e assimilando as cores até ao ponto de as afastar um pouco, avivando-as ao mesmo tempo. Delicado e vago sonhador. Triste é certo, mas possuindo um encanto esquisito de primavera que não chega a abrir.
É uma luz que me acaricia, uma série de cinzentos que entram uns nos outros e desmaiam, apanham não sei que claridade e ficam absortos e quietos, ou criam uma nova vida e recomeçam uma gama de tons que fariam o desespero dum pintor, porque a paisagem a esta luz extraordinária ganha sombras, variedade e frescura que os pincéis não sabem reproduzir…”
Foi esta a forma como Raul Brandão, conhecido como o pintor da língua portuguesa, no dia 4 de Agosto de 1924 a caminho das Furnas, descreveu a paisagem do Porto Formoso no seu livro, “As Ilhas Desconhecidas”.
Saudações Formosas
adeus
http://www.lizardkingduran.com/festa_portoformoso.htm
Foi na década de oitenta que o grupo bastante alargado de pessoas surgiu a ideia de organizar um desfile de Carnaval.
Recordo com bastante saudade aqueles momentos que marcaram muitos meninos e meninas, e não só que participaram no desfile.
Ainda hoje quando falo nisto com algumas pessoas, a gargalhada e o sorriso malandro são uma constante.
Não posso deixar de recordar a charanga da qual participei nos dois primeiros anos.
Os ensaios eram feitos numa garagem devidamente equipada com caixas de cerveja, tendo o “maestro” a difícil tarefa de por os músicos em ordem. O equipamento musical era do mais sofisticado da época as buzinas, tendo a banda um vasto repertório de músicas mundialmente conhecidas, … Foi a loja do mestre André ou simplesmente atirei o pão ao gato.
Nesta como em qualquer outra banda à sempre um musico carismático, na charanga era o homem dos pratos, era um regalo ouvi-lo a bater os pratos ao som das buzinas.
Na coordenação desta “charanga”toda estava o maestro, nunca vi na vida um maestro igual, era de bradar aos céus!!!.
Vestidos a rigor, calça preta, camisa branca, e chapéu á marinheiro, tendo o maestro umas roupas um tanto ou quanto esquisitas, mais parecia uma maestrina, lá fomos nós e os restantes participantes levando pelas ruas do Porto Formoso, boa disposição.
Ficamos gratos ao maestro belas experiências vividas, e a todas as pessoas que se empenharam, na realização deste cortejo.
Ai que saudades do dinamismo dos anos oitenta…
Com um forte abraço.
De tudas as coisas, o que mais gosto no Porto Formoso é o mar.
Lembro-me de, nos dias de maresia, adormecer com o som do mar de encontro às rochas, servindo de música de embalar. Por vezes algo agreste, mas no fundo, apesar de toda a força do mar, o sentimento transmitido era de acalmia.
No dia seguinte, por vezes, acordava e já nada se ouvia. Ia ao jardim e o mar não parecia o mesmo, agora mais parecia um lago.
Quando chegava ao Porto Formoso depois de longas ausências, reparava imediatamente no cheiro a mar. O mar não cheira da mesma forma em todo o lado, no Porto Formoso tem cheiro diferente, forte.
Durante o Verão todos os dias eram passados na "nossa arreia", como era chamado carinhosamente por todos o porto dos barcos. Os dias eram passados quase todos dentro de água. Ao crescer, o poiso mudou-se para a areia do meio e para a areia do cabo. Na areia do meio os mergulhos do piquinho eram o ponto alto da natação e na areia do cabo ir para as ondas era o auge das sensações. Mergulhar na baixa da areia do cabo era uma aventura do outro mundo: raias, polvos e peixes nunca visto e aumentados pelo vidro da máscara de mergulho.
Mais tarde, surgiram as idas à Praia dos Moinhos. Agora a coisa era mais séria. Ondas maiores, areia maior, um mundo maior, mas sempre com o mar presente.
Nunca fui grande pescador, mas adoro pescar e comer peixe. Desde ir por a rede no "forno", nas "baías", ir à noite lançar a tarrafa com o Jofre, de tudo já se experimentou.
Andar de barco é fundamental para quem quer conhecer a nossa freguesia. A freguesia vista do mar num dia de sol é linda. A costa tem entrâncias e reentrâncias, ilhéus e ilhotas, baías, defiladeiros, grutas, águas termais, praias e prainhas e baías.
No Porto Formoso, mesmo estando em terra estamos no mar. De qualquer lugar se vê ou se sente o mar.
O azul do mar e o verde da terra estão lá mesmo nos dias cinzentos em que não conseguimos vê-los.
Cumprimentos
Apesar dessa equipa de três pessoas residir fora do Porto Formoso, é justo realçar todo o seu empenho neste trabalho feito à distância (Canada / Inglaterra e S. Miguel)e que só foi possivel graças aos grandes avanços das tecnologias das comunicações
Aqui fica a noticia.
"Reunião pública da autarquia
13-10-2006
por LPS
A sede da Junta de Freguesia de Porto Formoso vai receber no dia 31 de Outubro a próxima reunião pública da Câmara Municipal da Ribeira Grande.
O encontro será a oportunidade de todos os cidadãos do concelho levantarem questões sobre os projectos em fase de análise pública.
O objectivo da autarquia é organizar as reuniões públicas em todas as sedes de juntas de freguesia do concelho."
Foram eles que tornaram possível colocar na internet o filme da Festa da Sra. da Graça 2006.
A Casa da Mosca tem recebido vários emails de gente feliz por ver o Porto Formoso e a sua festa.
Cumprimentos
Apesar de não viver permanentemente no p formoso, é para cá que venho descansar todos os fds... sinto-me em paz, sem o stress da cidade...
hoje fui a praia, vazia...silêncio, um sol ténue...adeus verão...
Apesar de não viver permanentemente no p formoso, é para cá que venho descansar todos os fds... sinto-me em paz, sem o stress da cidade...
hoje fui a praia, vazia...silêncio, um sol ténue...adeus verão...
Apesar de não viver permanentemente no p formoso, é para cá que venho descansar todos os fds... sinto-me em paz, sem o stress da cidade...
hoje fui a praia, vazia...silêncio, um sol ténue...adeus verão...
Fuck guy.... and all he's crew....
Cumps
James Dean
Monsenhor Agostinho Tavares, na homilia proferida esta manhã no Porto Formoso, aquando da celebração das exéquias da sra. D. Eulália Martins, começou por afirmar que esta freguesia tinha para ele um cheiro e um sabor especias - Era muito agradável passar no Porto Formoso.
Dali provinham as suas origens.
Começou o sacerdote por reavivar a memória dos presentes, informando onde haviam habitado muitos dos seus antepassados, desde as tias, os primos e o bisavô.
Mais uma vez se prova o quanto é importante respeitarmos o nosso passado e sabermos escutar aqueles que transformam um momento de tristeza num pequeno prazer, uma vez que a morte é a passagem do Homem de um estado de perfeição menor para um maior.
Eu, que não sou daí, mas que conheço alguns dos locais de que falas, pude sentir o que é crescer no Porto Formoso, os passos que se vão dando e que aumentam a distância do "ninho". Novas aventuras e desafios, enfim uma infância feliz. Nada que me estranhe, pois, conhecendo-te, e sabendo que uma criança feliz faz um adulto capaz, tu cabes nesta permissa.
Um grande abraço
Com as chuvas que irão cair não é preciso dizer o que vai acontecer.
O DVD esta muito bom.
Adeus
A minha intencao era a melhor. Eu queria dar uma oportunidade aos milhares de visitantes da casa da mosca para verem menos de metade do video.
E a dita caixa ATM ( multibanco)
È memo so para ser um post diferente.
Um abraço